sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

FHC fala sobre o livro: “infâmia”; e pede indignação


Por Rodrigo Vianna, no Escrevinhador
FHC saiu em defesa de Serra. Em vez de explicar ou tentar justificar as estranhas operações financeiras de parentes e amigos de Serra, FHC atacou duramente Amaury Ribeiro Jr. (autor do livro “A Privataria Tucana”) e também atirou contra o PT.
O que você, leitor, achou da da reação de FHC? Foi uma satisfação a Serra? Ou foi um sinal de que os tucanos vão pra guerra? A CPI sai? E a Veja e o PIG: saem em defesa do PSDB nesse fim de semana?
Segue texto do FHC…

"A infâmia, infelizmente, tem sido parte da política partidária. Eu mesmo, junto com eminentes homens públicos do PSDB, fomos vítimas em mais de uma ocasião, a mais notória das quais foi o “Dossiê Cayman”, uma papelada forjada por falsários em Miami  para dizer que possuíamos uma conta de centenas de milhões de dólares na referida ilha. Foi preciso que o FBI pusesse na cadeia os malandros que produziram a papelada para que as vozes interessadas em nos desmoralizar se calassem. Ainda nesta semana a imprensa mostrou quem fez a papelada e quem comprou o falso dossiê Cayman para usá-lo em campanhas eleitorais contra os tucanos. Esse foi o primeiro. Quem não se lembra, também, do “Dossiê dos Aloprados” e do “Dossiê de Furnas”, desmascarado nestes dias?

Na mesma tecla da infâmia, um jornalista indiciado pela Polícia Federal por haver armado outro dossiê contra o candidato do PSDB na campanha de 2010, fabrica agora “acusações”, especialmente, mas não só, contra José Serra. Na audácia de quem já tem experiência em fabricar “documentos” não se peja em atacar familiares, como o genro e a filha  do alvo principal, que, sem ter culpa nenhuma no cartório, acabam por sofrer as conseqüências da calúnia organizada, inclusive na sua vida profissional.

Por estas razões, quero deixar registrado meu protesto e minha solidariedade às vítimas da infâmia e pedir à direção do PSDB, seus líderes, militantes e simpatizantes que reajam com indignação. Chega de assassinatos morais de inocentes. Se dúvidas houver, e nós não temos, que se apele à Justiça, nunca à infâmia."
São Paulo, 15 de dezembro de 2011
Fernando Henrique Cardoso

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