quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Veja humilha os pobres


Colunista da Veja Augusto Nunes humilha ‘eleitora do PT’ em vídeo


Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania
Recebo da leitora Lara Frutos um material que deslinda, à perfeição, o que é que se tem ao lado daqueles políticos que a literatura pátria vai desnudando em obras seminais como o livro-denúncia A Privataria Tucana.
Eis seu comentário.
Sou leitora do blog, leitora do Privataria Tucana e estou bastante chocada com o nível de resposta que vem surgindo justamente da falta de argumentos. Uma delas está nesse vídeo, que creio ter sido gravado antes da eleição da presidenta [Dilma Rousseff]. É estarrecedora a falta de respeito de Augusto Nunes com quem, imagino, o tucanato elege como “inimigo”: o povo.
Reproduzo, abaixo, esse vídeo gravado pela editora Abril sob a chancela “Veja Entrevista”. Nele, o colunista Augusto Nunes expõe ao ridículo uma suposta “eleitora de Lula”.
O vídeo foi, sim, gravado durante a campanha eleitoral do ano passado. A “entrevistada” supostamente é uma nordestina humilde, de baixa instrução, beneficiária do Bolsa Família que não gosta de estudar, que não se informa e que se vende por “vinte reais”.
Eis o material:
Esse material odioso material permite duas reflexões:
1 – a pessoa é realmente que diz ser, pensa mesmo tudo o que disse e, assim, foi levada à àquela peça covarde para ser humilhada e fazer incautos acreditarem que aquele era o perfil do eleitor de Dilma Rousseff, quando se sabe que ela venceu a eleição inclusive entre os mais escolarizados.
2 – o vídeo é uma farsa, a pessoa sabia que estava sendo exposta ao ridículo e aceitou porque foi paga para isso, o que configura crime eleitoral.
Em qualquer das situações, é inaceitável. Farsa ou sessão de humilhação de uma cidadã, seja o que for, é baixo, vil, covarde. O ódio que essa gente possa ter do povo não lhe dá o direito de humilhá-lo ou de enganá-lo com uma farsa desse jaez.
Fico me perguntando se a legislação eleitoral não deveria contemplar esse tipo de “estratégia eleitoral”, sobretudo quando empreendida por um suposto jornalista “isento” como esses que andam soltos por aí.

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