Do sítio Ópera
Um grupo de ativistas se reuniu neste sábado (01/10) em Washington para levar à capital norte-americana os protestos contra Wall Street e o Congresso daquele país, que começaram em Nova York e estão se espalhando para outras cidades.
"Pedimos a detenção do presidente do Federal Reserve (Banco Central), Ben Bernanke, por todo dinheiro que ele usou dos cidadãos para salvar os bancos", disse um veterano ativista que usou um codinome para se identificar.
Leia mais:
Manifestantes de Wall Street marcham contra polícia e afirmam que manterão protesto EUA dizem ter detectado erros em agências de qualificação de risco
Depois de rebaixar nota dos EUA, Standard & Poor´s passa a ser investigada
Bank of America, Wells Fargo e Citigroup têm nota rebaixada pela agência Moody´s
Ação da polícia prejudica protestos contra mercados financeiros nos EUA e na Europa
As manifestações demonstram a insatisfação de grupos importantes para a reeleição de Barack Obama: jovens, minorias étnicas, sindicatos e mulheres.
Nesta sexta, em Massachusetts, a polícia deteve 12 pessoas entre três mil manifestantes que ocuparam por alguns instantes escritórios do Bank of America, em Boston. Os protestantes declararam solidariedade às centenas de pessoas que ocupam um parque em Manhattan para reclamar contra o socorro do sistema financeiro do país.
Em San Francisco, centenas de pessoas também se uniram ao movimento, chamado de Occupy Wall Street, e protestaram em frente aos escritórios de uma filial do Chase Bank. Seis foram detidos.
"O governo inteiro deveria fechar. O Congresso quer cortar os fundos do seguro social. Isso não são privilégios, são um direito do povo", afirmou um ativista.
A diretora de uma organização civil em Boston, Rachel LaForest, disse que as manifestações são contra "a avareza e os empréstimos usurários dos bancos e o aumento das execuções hipotecárias nas comunidades urbanas".
O presidente da central sindical norte-americana, Richard Trumka, afirmou que "Wall Street está fora de controle e às vezes o único recurso é protestar na rua".
O dirigente estará na próxima semana em Washington para se reunir com democratas e líderes políticos para discutir a elaboração das diretrizes do grupo "American dream", aliança de organizações progressistas que pretende se opor ao conservador movimento "Tea Party".
Nenhum comentário:
Postar um comentário