Fonte: Blog da Cidadania
Desde que, em meados do ano passado, um grupo de blogueiros passou a se reunir e a planejar o I Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas que tal grupo não parou mais de ser atacado. E, a partir do momento em que esse mesmo grupo entrevistou o presidente Lula, tudo só fez se agravar.
No dia seguinte à entrevista com Lula, os três maiores jornais do país e algumas redes de televisão apressaram-se em acusar o grupo de ser “chapa-branca”. Para outros, a Comissão Organizadora do Encontro de Blogueiros Progressistas, formada por mim e mais nove amigos, atuaria como formuladora de “pensamento único” que pretenderia impingir a outros congêneres da blogosfera.
O fato é que não poderia deixar passar a oportunidade de apontar como tantos se enganaram. E o que propicia essa oportunidade é o caso Palocci. Não poderia haver maior prova de que foi injusto acusar essas pessoas de chapas-brancas ou de promotoras de “pensamento único” do que a posição que cada uma tomou nesse caso.
Eu, por exemplo, como todos sabem discordo da exigência de que a presidenta Dilma exonere um ministro que acaba de nomear e que é responsável por áreas tão importantes do governo. Ao menos sem uma razão que ninguém aponta. Só vejo ironias em lugar de provas e fatos. Assim, mantenho-me firme em meu ponto de vista.
Não é o caso dos meus amigos Paulo Henrique Amorim ou Rodrigo Vianna, por exemplo. Não aceitam que Palocci tenha enriquecido rapidamente. Eu e eles somos só exemplos de muitos outros que pensam de uma ou outra forma. Respeito todas, aliás, porque tenho certeza de que o Paulo Henrique pensa o que pensa honestamente. É diferente dos que só atacam Palocci e nunca atacaram Persio Arida ou Armínio Fraga.
Ué, mas não éramos todos chapas-brancas? Não pensávamos todos em uníssono? Não pretendíamos impor nossos pensamentos a outros colegas blogueiros? Onde se viu coisa igual?
E os blogueiros progressistas não são 10 membros da Comissão Organizadora, mas centenas, por enquanto, e poderão ser milhares. E não se pode mudar o fato de que têm e terão suas opiniões apenas porque acreditam nelas e não porque um patrão manda. Aliás, se o patrão fosse Dilma, agora metade de nós estaria demitida.
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