Por Lauriberto Braga, no site da Câmara Municipal de Fortaleza
“Assim que tiver uma proposta que a categoria considere satisfatória, a greve termina”. A informação é de Ana Cristina, do comando de greve dos professores da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza, logo após uma rodada de negociação com os vereadores. A reunião ocorreu na tarde desta terça-feira, 31, na Sala das Comissões da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor). Os professores estão parados há 32 dias, cobrando a implantação do piso nacional, hoje calculado pelos grevistas em R$ 1.450,00. Querem ainda eleição direta para diretores das escolas, data base em primeiro de janeiro, jornada de trabalho de 40 horas semanais, além do pagamento de quinquênios e de hora atividade.
Segundo Ana Crsitina, “o Governo, agora, realmente abriu a negociação. Está disposto a discutir os encaminhamentos e as propostas. O Governo sinaliza tanto para uma proposta de escalonamento como de um proposta de incorporação. Nós pedimos que o Governo coloque isso no papel para que de uma forma mais concreta a gente possa levar para categorai e ela decidir os rumos do movimento”.
Ana Cristina destaca que as decisões serão tomadas em assembleia. “Levaremos esta proposta para fazer a mediação entre Governo e categoria. E nesse sentido, amanhã (1º), estaremos aqui de novo para uma nova rodada de negociação, quando estas propostas deverão vir de forma concreta, e para uma assembleia com os professores”.
O vereador Salmito Filho (PT) participou da mesa de negociação e sugeriu uma emenda coletiva dos vereadores à mensagem do Executivo: “estamos na negociação tentando viabilizar um acordo, garantindo ganhos para os professores, garantindo o piso nacional e o Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS)”. Para Salmito, “os professores devem ser garantidos na negociação sem nenhuma perda”.
O vereador Eron Moreira (PV) também esteve na reunião e reforçou a ideia de emenda coletiva: ”a gente chegou à conclusão de que o melhor é o consenso. Os professores estão com a causa justa. Eles estão neste primeiro instante aceitando alguns pontos colocados pelo vereador Roninaldo Maia, que representa a prefeita Luizianne Lins, e tenho certeza que vai terminar em um final feliz, com apoio da Câmara”.
Ronivaldo Maia, líder do Executivo na Câmara, detalha os encaminhamentos dados após a reunião com o comando de greve. “Saímos muito felizes. Eu penso que já está reestabelecida a normalidade neste Poder, que foi poder receber os professores, como vinha ocorrendo antes.” O vereador ressaltou que a reunião “deixou claro que estava mantida a disposição da Câmara ser mediadora desse impasse”.
Para Ronivaldo, a saída encontrada “é a construção de mediação do real. Nós avançamos na possibilidade, debatendo justamente no desenho legal do que o projeto pode ser emendado. São propostas que a gente pode tornar emendas que tenham apoio na categoria, e que o Governo também se abra, com o nosso aval da Câmara, para construir o entendimento”.
Assim, considera o líder da prefeita, é preciso garantir não apenas os ganhos para os professores, mas também que a Prefeitura tenha capacidade orçamentária para cumprir. “E, o que é melhor, nós normalizarmos as aulas na cidade de Fortaleza, como normalizamos os trabalhos da Câmara nessa terça-feira”, disse.
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