Fonte: Opera Mundi
No aniversário de dois meses de existência, o Occupy Wall Street cercou a célebre rua que dá nome ao movimento popular nesta quinta-feira (17/11) e impediu parcialmente a entrada de funcionários dos prédios da região e da Bolsa de Valores de Nova York. Como na terça-feira (15/11), jornalistas também foram alvo da ação da polícia.
De acordo com a polícia, 75 pessoas foram presas em manifestações ao redor da cidade, programadas para acontecer em Manhattan e em outros pontos de Nova York. Cidades como Baltimore, Los Angeles e Oakland também se juntaram à ação, que se tornou global com a adesão de indignados na Itália, Espanha Grécia e outros países.
Paul Browne, porta-voz do departamento de polícia de Nova York, afirmou ao The New York Times que houve “entre 50 a 60 detenções”, grande parte delas nas ruas Nassau e Pine. Mas, segundo ele, também houve prisões em Wall Street e Pearl Street.
Em Wall Street, os manifestantes foram confrontados por cidadãos que repudiaram os protestos. Alguns deles traziam cartazes com os dizeres "Arranje um emprego" e "Ocupe uma mesa de trabalho". Mas, conforme disseram os integrantes do Occupy Wall Street, nenhum deles divulgou nome e o local onde trabalham.
Alguns usuários do Twitter denunciaram que a polícia havia usado a arma não letal LRAD (Dispositivo Acústico de Longa Distância, na silga em inglês), uma espécie de megafone que controla multidões por meio do som, em altíssimo volume. No entanto, a denúncia não foi comprovada. O LRAD é criticado por associações de Otorrinolaringologia mundiais por provocar danos auditivos permanentes.
Jornalistas
Repórteres presentes aos protestos em Nova York e outras cidades dos EUA denunciaram agressões da polícia. Lucy Kafanov, repórter do canal russo RT afirmou ao Huffington Post que ela foi agredida com um cacetete enquanto tentava filmar os protestos. Ela contou que uma colega de profissão da rede IndyMedia network foi "atirada contra a parede" e presa.
Efe
Policial feminina contém manifestantes em protesto no centro financeiro de Nova York
Policial feminina contém manifestantes em protesto no centro financeiro de Nova York
Segundo relatos do Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ) e da Sociedade de Jornalistas Profissionais (SPJ, da sigla em inglês), repórteres e fotógrafos independentes, ligados a grandes veículos, como a Associated Press e o New York Daily News, sofreram empurrões, agressões verbais e foram presos nesta terça-feira.
Na operação de desmantelamento do Parque Zucotti, QG dos manifestantes em Nova York, jornalistas foram impedido de filmar ou fotografar. De acordo com o prefeito de Nova Iorque, Michael Bloomberg, a polícia atuou a fim de "evitar que a situação piorasse e protegeu os membros da imprensa".
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