sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Iniciado em Nova York, movimento de indignados cresce na Califórnia


As principais cidades são Oakland -- palco de forte repressão policial -- e Los Angeles
Fonte: Opera Mundi
O movimento dos indignados norte-americanos vem ganhando cada dia mais apoio, especialmente no estado da Califórnia.  Nesta semana, ex-combatentes de guerra, professores e milhares de outros representantes da sociedade se juntaram aos protestos.

Centenas de manifestantes desfilaram nesta quarta-feira (02/11) à noite em Los Angeles, Califórnia, para expressar sua solidariedade aos indignados de Oakland, cidade no norte do estado, que forçaram de forma pacífica o fechamento do porto marítimo local, já reaberto.
Efe

Iniciados em Nova York, manifestações contra o sistema financeiro se espalharam pelos EUA

“Estamos fazendo algo que nunca aconteceu na história”, disse a ativista Jedidiah Lee, em referência ao movimento, que critica os “1%” da população que se beneficia da riqueza no país.

Entre os novos manifestantes, se destacaram os professores, que foram em massa à manifestação na Califórnia. Brother Muziki, um educador da escola primária expressava em um cartaz o sentimento de seus colegas. "Salvem as escolas, não os bancos!”.

Conforme definiu Jaime Omar Yassin, um dos ativistas de Oakland, a marcha é um movimento popular para mudar o atual sistema financeiro. “Agora estamos crescendo e conseguindo expor os problemas da vida diária. Precisamos de mais escolas, bibliotecas, serviços sociais, mais atenção aos direitos humanos, menos polícia, menos repressão, melhor vida para toda gente e não à guerra”, afirmou.

Ester Hernández destacou a importância da união na hora de exibir os problemas e ressaltou a participação da comunidade hispânica nas manifestações: “nós também somos afetados pelo desemprego e pelas políticas anti-imigrantes”.

Oakland

Foco de violentos enfrentamentos entre a polícia e manifestantes, Oakland viveu outra madrugada de tensão na quinta-feira (03/11), quando policiais antimotim e policiais fardados dispararam gás lacrimogêneo contra dezenas de pessoas. Alguns manifestantes arremessaram pedras e garrafas com líquidos inflamáveis, o que foi respondido pelas autoridades disparando bombas de gás lacrimogêneo.

Ativistas do grupo colocaram em sua página na internet vídeos nos quais mostram atos agressivos dos policiais. Um homem reclamou a um oficial que disparou contra uma pessoa que estava ferida e desarmada.

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